SIDÓNIO PAIS
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SIDÓNIO PAIS
SIDÓNIO PAIS
Lente de Matemática da
Universidade de Coimbra e oficial de artilharia. Deputado à Assembleia Nacional
Constituinte de 1911. Ministro do Fomento do primeiro governo constitucional,
chefiado por João Chagas e, depois, ministro das Finanças no Ministério
presidido por Augusto de Vasconcelos. Representou o governo nas manifestações
do 1.° aniversário da implantação da República.
Em 17 de Agosto de 1912 foi
nomeado ministro de Portugal em Berlim, cargo que desempenhou até que a
Alemanha nos declarou guerra, em 9 de Março de 1916. Na Alemanha assistiu a
grandes manifestações, paradas a exibições marciais, donde teria derivado a
sua paixão pelo presidencialismo. Tinha simpatia pela Alemanha e a convicção
de que ganharia a guerra.
Regressado a Portugal em 18
de Março de 1916, foi colocado na secretaria do ministro dos Negócios
Estrangeiros. A situação em Portugal era melindrosa, não só devido à situação
de guerra mas também devido às dissidências entre alguns dos elementos dos
dois únicos partidos que constituíam a União Sagrada.
Em Dezembro de 1917 Sidónio
Pais inicia o movimento revolucionário, tendo o governo cometido graves erros
durante as primeiras horas da revolução. Foi proclamada em nome da Nação uma
Junta Revolucionária com os seguintes elementos: Presidente Sidónio Bernardino
Cardoso da Silva Pais; Vogais – António Maria de Azevedo Machado Santos, José
Feliciano da Costa Júnior. Tendo esta mesma Junta Revolucionária nomeado o
primeiro governo de que faziam parte figuras como Sidónio Pais, Machado dos
Santos.
O governo era constituído
quase exclusivamente de republicanos «históricos» a incluía alguns dos mais
combativos adversários dos democratas e evolucionistas, e, portanto, da União
Sagrada. A primeira reacção revolucionária contra Sidónio Pais surgiu em 8
de Janeiro de 1918. Deu-se a saída do governo dos ministros unionistas e Sidónio
começa a conhecer dificuldades. No dia 17 de Março é publicado o manifesto da
Junta de Salvação Pública, que não é assinado, trazendo grandes ameaças à
imprensa a declarando que a sociedade portuguesa estava em perigo, procurando
intimidar o Partido Unionista, já então discordante do «sidonismo». Por
outro lado realizou-se o Congresso da União Republicana, no decorrer do qual o
partido rompe definitivamente com o antigo filiado Sidónio Pais a
solidarizou-se com os Partidos Democrático a Evolucionista. Entretanto a União
Operária Nacional declara-se contra o governo.
Ao mesmo tempo os monárquicos
atingiam os postos mais importantes da governação pública. Feitas as eleições
para o Parlamento, este foi logo encerrado e o país continuava a ser governado
em ditadura, enchendo-se as prisões de condenados políticos. No ano de 1918 as
greves aumentam, há revoltas e a 14 de Dezembro quando da partida de Sidónio
para o Porto foi alvejado, na estação do Rossio. Egas Moniz após a sua morte
refere: «Homem cheio de virtudes a extraordinárias qualidades que um desvairo
messiânico perdeu».
Ficha genealógica:Sidónio
Bernardino Cardoso da Silva Pais nasceu em Caminha a 1 de Maio de 1872 e morreu
assassinado em Lisboa, no Rossio, em 14 de Dezembro de 1918. Era filho de
Sidónio Alberto Marrocos Pais e de Rita Cardoso da Silva Pais, os dois nascidos
em Caminha, distrito de Viana do Castelo. Casou com Maria dos
Prazeres Martins Bessa (n. em Amarante em 1869; f. em 14 de Setembro de 1945),
filha de Vitorino Ferreira Bessa e de Bernardina Joaquina Pinto Martins, tendo nascido do
consórcio:
1.
Sidónio Bessa da Silva Pais. Casou com Isabel Maria da Costa de Sousa de Macedo
de Freitas Branco.
2. Pedro Bessa da Silva Pais;
3. António Bessa da Silva Pais;
4. Maria Sidónia Bessa da Silva Pais;
5. Afonso Bessa da Silva Pais.
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Sidónio Pais |
Lente de Matemática da
Universidade de Coimbra e oficial de artilharia. Deputado à Assembleia Nacional
Constituinte de 1911. Ministro do Fomento do primeiro governo constitucional,
chefiado por João Chagas e, depois, ministro das Finanças no Ministério
presidido por Augusto de Vasconcelos. Representou o governo nas manifestações
do 1.° aniversário da implantação da República.
Em 17 de Agosto de 1912 foi
nomeado ministro de Portugal em Berlim, cargo que desempenhou até que a
Alemanha nos declarou guerra, em 9 de Março de 1916. Na Alemanha assistiu a
grandes manifestações, paradas a exibições marciais, donde teria derivado a
sua paixão pelo presidencialismo. Tinha simpatia pela Alemanha e a convicção
de que ganharia a guerra.
Regressado a Portugal em 18
de Março de 1916, foi colocado na secretaria do ministro dos Negócios
Estrangeiros. A situação em Portugal era melindrosa, não só devido à situação
de guerra mas também devido às dissidências entre alguns dos elementos dos
dois únicos partidos que constituíam a União Sagrada.
Em Dezembro de 1917 Sidónio
Pais inicia o movimento revolucionário, tendo o governo cometido graves erros
durante as primeiras horas da revolução. Foi proclamada em nome da Nação uma
Junta Revolucionária com os seguintes elementos: Presidente Sidónio Bernardino
Cardoso da Silva Pais; Vogais – António Maria de Azevedo Machado Santos, José
Feliciano da Costa Júnior. Tendo esta mesma Junta Revolucionária nomeado o
primeiro governo de que faziam parte figuras como Sidónio Pais, Machado dos
Santos.
O governo era constituído
quase exclusivamente de republicanos «históricos» a incluía alguns dos mais
combativos adversários dos democratas e evolucionistas, e, portanto, da União
Sagrada. A primeira reacção revolucionária contra Sidónio Pais surgiu em 8
de Janeiro de 1918. Deu-se a saída do governo dos ministros unionistas e Sidónio
começa a conhecer dificuldades. No dia 17 de Março é publicado o manifesto da
Junta de Salvação Pública, que não é assinado, trazendo grandes ameaças à
imprensa a declarando que a sociedade portuguesa estava em perigo, procurando
intimidar o Partido Unionista, já então discordante do «sidonismo». Por
outro lado realizou-se o Congresso da União Republicana, no decorrer do qual o
partido rompe definitivamente com o antigo filiado Sidónio Pais a
solidarizou-se com os Partidos Democrático a Evolucionista. Entretanto a União
Operária Nacional declara-se contra o governo.
Ao mesmo tempo os monárquicos
atingiam os postos mais importantes da governação pública. Feitas as eleições
para o Parlamento, este foi logo encerrado e o país continuava a ser governado
em ditadura, enchendo-se as prisões de condenados políticos. No ano de 1918 as
greves aumentam, há revoltas e a 14 de Dezembro quando da partida de Sidónio
para o Porto foi alvejado, na estação do Rossio. Egas Moniz após a sua morte
refere: «Homem cheio de virtudes a extraordinárias qualidades que um desvairo
messiânico perdeu».
Ficha genealógica:Sidónio
Bernardino Cardoso da Silva Pais nasceu em Caminha a 1 de Maio de 1872 e morreu
assassinado em Lisboa, no Rossio, em 14 de Dezembro de 1918. Era filho de
Sidónio Alberto Marrocos Pais e de Rita Cardoso da Silva Pais, os dois nascidos
em Caminha, distrito de Viana do Castelo. Casou com Maria dos
Prazeres Martins Bessa (n. em Amarante em 1869; f. em 14 de Setembro de 1945),
filha de Vitorino Ferreira Bessa e de Bernardina Joaquina Pinto Martins, tendo nascido do
consórcio:
1.
Sidónio Bessa da Silva Pais. Casou com Isabel Maria da Costa de Sousa de Macedo
de Freitas Branco.
2. Pedro Bessa da Silva Pais;
3. António Bessa da Silva Pais;
4. Maria Sidónia Bessa da Silva Pais;
5. Afonso Bessa da Silva Pais.
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