D. João VI
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D. João VI
D. João VI
Filho de D. Maria I e de D. Pedro III, casou em 1785 com D. Carlota
Joaquina, Infanta de Espanha, filha de Carlos IV e de Maria Luísa de Parma.
A partir de 1792, assegurou a direcção dos negócios públicos, devido à
doença mental da mãe, primeiro em nome da rainha, a partir de 1799, em nome
próprio com o título de Príncipe Regente, sendo aclamado rei em 1816. O seu
reinado decorre numa época de profundas mutações à escala mundial e à
escala nacional: Revolução Francesa e a consequente guerra europeia, Bloqueio
Continental, campanha do Rossilhão, guerra com a Espanha e a perda de Olivença,
invasões francesas, fuga da corte para o Brasil onde permaneceu durante 14
anos, revolução liberal e a independência do Brasil. Foi a derrocada de um
mundo e o nascimento de outro, mudança que D. João VI não quis ou não soube
compreender.
Fugindo para o Brasil perante a invasão de Junot, o monarca
terá querido manter a colónia brasileira em poder de Portugal. Isto
significou, no entanto, a dependência em relação à Inglaterra, com a
imposição da abertura dos Portos brasileiros ao comércio internacional e com
o tratado anglo-luso de 1810, desastroso para a economia metropolitana. Além
disso, a presença da corte no Brasil impulsionou a independência deste país,
o que se veio a verificar em 1822.
Em 1821 o rei é forçado a regressar a Portugal, devido ao triunfo da
revolução de 1820 e, em 1822, jura a constituição, que vigoraria apenas
durante alguns meses. Seguem-se a Vila-Francada em 1823 e a Abrilada em 1824,
movimentos absolutistas encabeçados por D. Miguel.
Vencido e expatriado D. Miguel, D. João VI consagra os últimos anos do seu
reinado a tentar resolver o problema brasileiroe, por altura da sua morte, em
1826, sonhava ainda com a reunião dos dois países na pessoa de um só
soberano, sem se aperceber que o Brasil teria de seguir o seu destino americano
e Portugal o seu destino europeu.
Ficha
genealógica:D. João VI nasceu em Lisboa, a 13 de Maio de
1767, recebendo o nome de João Maria José Francisco Xavier de Paula Luís
António Domingos Rafael, e faleceu no Palácio da Bemposta, na mesma cidade, a
10 de Março de 1826, estando sepultado no Mosteiro de São Vicente de Fora.Casou
em 1785 com D. Carlota Joaquina, que nasceu em Aranjuez, a 25 de Abril de1775, e
faleceu no Palácio de Queluz, a 7 de Dezembro de 1830, estando sepultada no
mesmo Panteão. Era filha de Carlos IV, rei de Espanha, e de Maria Luísa Teresa
de Parma. Do
casamento nasceram:1. D. Maria Teresa. Nasceu no Palácio da Ajuda, a
29 de Abril de 1793 e faleceu em Trieste a 17 de Janeiro de 1874.Casou em 13 de
Maio de 1810, no Rio de Janeiro, com o seu primo D. Pedro Carlos António de
Bourbon e Bragança, que faleceu em 26 de Maio de 1812; e, em segundas núpcias,
em 1838, com o seu cunhado e tio, o infante D. Carlos Maria Isidro, duque de
Madrid e conde de Montemolin e Molina, que em 1834 enviuvara da infanta D. Maria
Francisca de Assis (ver 5.)2. D. António Pio. Nasceu no
Palácio de Queluz, a 21 de Março de 1795, foi príncipe da Beira e faleceu a
11 de Junho de 1801;
3. D. Maria Isabel. Nasceu no Palácio de Queluz, a 19 de Maio de
1797, faleceu em Madrid a 29 de Novembro de 1818, estando sepultada no Mosteiro
de Escorial. Casou em 1816 com o rei D. Fernando VII de Espanha, seu tio, que
já enviuvara de D. Maria Antónia de Bourbon y Lorena, princesa de Nápoles;
4. D. Pedro IV, que sucedeu no trono;
5. D. Maria Francisca de Assis. Nasceu no Palácio de Queluz, em 22 de
Abril de 1800, faleceu em Gosport, em Inglaterra, a 4 de Setembro de 1834,
estando sepultada na capela-mor da igreja católica da mesma cidade inglesa.
Casou em 1816, com o seu tio, D. Carlos Maria Isidro, infante de Espanha,
falecido em 1815;
6. D. Isabel Maria. Nasceu no Palácio de Queluz, a 4 de Julho de 1801;
faleceu em Benfica, a 22 de Abril de 1876, estando sepultada no Panteão de S.
Vicente de Fora. Nunca casou, tendo sido regente do reino, de 6 de Março de
1826 a 26 de Fevereiro de 1828. Após a vitória da causa liberal manteve-se
afastada da vida política;
7. D. Miguel, infante, regente do Reino de 1826 a 1828 e depois rei,
de 1828 a 1834, que segue;
8. D. Maria da Assunção. Nasceu no Palácio de Queluz, a 25 de Junho
de 1805; faleceu em Santarém a 7 de Janeiro de 1834; sepultada na Igreja do
Milagre, de Santarém, e depois no Panteão de São Vicente de Fora.
9. D. Ana de Jesus Maria. Nasceu no Palácio de Mafra, a 23 de Outubro
de 1806, e faleceu em Roma, em 22 de Junho de 1857. Casou em 5 de Dezembro
de 1827 com o 2.º marquês de Loulé.
D. João VI |
Filho de D. Maria I e de D. Pedro III, casou em 1785 com D. Carlota
Joaquina, Infanta de Espanha, filha de Carlos IV e de Maria Luísa de Parma.
A partir de 1792, assegurou a direcção dos negócios públicos, devido à
doença mental da mãe, primeiro em nome da rainha, a partir de 1799, em nome
próprio com o título de Príncipe Regente, sendo aclamado rei em 1816. O seu
reinado decorre numa época de profundas mutações à escala mundial e à
escala nacional: Revolução Francesa e a consequente guerra europeia, Bloqueio
Continental, campanha do Rossilhão, guerra com a Espanha e a perda de Olivença,
invasões francesas, fuga da corte para o Brasil onde permaneceu durante 14
anos, revolução liberal e a independência do Brasil. Foi a derrocada de um
mundo e o nascimento de outro, mudança que D. João VI não quis ou não soube
compreender.
Fugindo para o Brasil perante a invasão de Junot, o monarca
terá querido manter a colónia brasileira em poder de Portugal. Isto
significou, no entanto, a dependência em relação à Inglaterra, com a
imposição da abertura dos Portos brasileiros ao comércio internacional e com
o tratado anglo-luso de 1810, desastroso para a economia metropolitana. Além
disso, a presença da corte no Brasil impulsionou a independência deste país,
o que se veio a verificar em 1822.
Em 1821 o rei é forçado a regressar a Portugal, devido ao triunfo da
revolução de 1820 e, em 1822, jura a constituição, que vigoraria apenas
durante alguns meses. Seguem-se a Vila-Francada em 1823 e a Abrilada em 1824,
movimentos absolutistas encabeçados por D. Miguel.
Vencido e expatriado D. Miguel, D. João VI consagra os últimos anos do seu
reinado a tentar resolver o problema brasileiroe, por altura da sua morte, em
1826, sonhava ainda com a reunião dos dois países na pessoa de um só
soberano, sem se aperceber que o Brasil teria de seguir o seu destino americano
e Portugal o seu destino europeu.
Ficha
genealógica:D. João VI nasceu em Lisboa, a 13 de Maio de
1767, recebendo o nome de João Maria José Francisco Xavier de Paula Luís
António Domingos Rafael, e faleceu no Palácio da Bemposta, na mesma cidade, a
10 de Março de 1826, estando sepultado no Mosteiro de São Vicente de Fora.Casou
em 1785 com D. Carlota Joaquina, que nasceu em Aranjuez, a 25 de Abril de1775, e
faleceu no Palácio de Queluz, a 7 de Dezembro de 1830, estando sepultada no
mesmo Panteão. Era filha de Carlos IV, rei de Espanha, e de Maria Luísa Teresa
de Parma. Do
casamento nasceram:1. D. Maria Teresa. Nasceu no Palácio da Ajuda, a
29 de Abril de 1793 e faleceu em Trieste a 17 de Janeiro de 1874.Casou em 13 de
Maio de 1810, no Rio de Janeiro, com o seu primo D. Pedro Carlos António de
Bourbon e Bragança, que faleceu em 26 de Maio de 1812; e, em segundas núpcias,
em 1838, com o seu cunhado e tio, o infante D. Carlos Maria Isidro, duque de
Madrid e conde de Montemolin e Molina, que em 1834 enviuvara da infanta D. Maria
Francisca de Assis (ver 5.)2. D. António Pio. Nasceu no
Palácio de Queluz, a 21 de Março de 1795, foi príncipe da Beira e faleceu a
11 de Junho de 1801;
3. D. Maria Isabel. Nasceu no Palácio de Queluz, a 19 de Maio de
1797, faleceu em Madrid a 29 de Novembro de 1818, estando sepultada no Mosteiro
de Escorial. Casou em 1816 com o rei D. Fernando VII de Espanha, seu tio, que
já enviuvara de D. Maria Antónia de Bourbon y Lorena, princesa de Nápoles;
4. D. Pedro IV, que sucedeu no trono;
5. D. Maria Francisca de Assis. Nasceu no Palácio de Queluz, em 22 de
Abril de 1800, faleceu em Gosport, em Inglaterra, a 4 de Setembro de 1834,
estando sepultada na capela-mor da igreja católica da mesma cidade inglesa.
Casou em 1816, com o seu tio, D. Carlos Maria Isidro, infante de Espanha,
falecido em 1815;
6. D. Isabel Maria. Nasceu no Palácio de Queluz, a 4 de Julho de 1801;
faleceu em Benfica, a 22 de Abril de 1876, estando sepultada no Panteão de S.
Vicente de Fora. Nunca casou, tendo sido regente do reino, de 6 de Março de
1826 a 26 de Fevereiro de 1828. Após a vitória da causa liberal manteve-se
afastada da vida política;
7. D. Miguel, infante, regente do Reino de 1826 a 1828 e depois rei,
de 1828 a 1834, que segue;
8. D. Maria da Assunção. Nasceu no Palácio de Queluz, a 25 de Junho
de 1805; faleceu em Santarém a 7 de Janeiro de 1834; sepultada na Igreja do
Milagre, de Santarém, e depois no Panteão de São Vicente de Fora.
9. D. Ana de Jesus Maria. Nasceu no Palácio de Mafra, a 23 de Outubro
de 1806, e faleceu em Roma, em 22 de Junho de 1857. Casou em 5 de Dezembro
de 1827 com o 2.º marquês de Loulé.
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