D. João IV
Página 1 de 1
D. João IV
D. João IV
Filho de D. Teodósio,
duque de Bragança e de D. Ana Velasco, casou em 1633 com D. Luísa de Gusmão,
espanhola da casa de Medina Sidónia.
Já em 1638, os
conjurados da Revolução de 1640 tinham procurado obter a aceitação de D. João
para uma revolta contra Espanha. Mas as hesitações, ou cautelas, do duque fizeram
levantar a hipótese de se conseguir o regresso do infante D. Duarte, solução
que falhou, tendo-se mesmo encarado a instauração de uma república, nos
moldes da das Províncias Unidas.
A verdade é, que depois da
sua aclamação como rei a 15 de Dezembro de 1640, todas as hesitações
desapareceram e D. João IV fez frente às dificuldades com um vigor que muito
contribuiu para a efectiva restauração da independência de Portugal. Da
actividade global do seu reinado, deveremos destacar o esforço efectuado na
reorganização do aparelho militar - reparação das fortalezas das linhas
defensivas fronteiriças, fortalecimento das guarnições, defesa do Alentejo e
Beira e obtenção de material e reforços no estrangeiro; a intensa e
inteligente actividade diplomática junto das cortes da Europa, no sentido de
obter apoio militar e financeiro, negociar tratados de paz ou de tréguas e
conseguir o reconhecimento da Restauração; a acção desenvolvida para a
reconquista do império ultramarino, no Brasil e em Africa; a alta visão na
escolha dos colaboradores; enfim, o trabalho feito no campo administrativo e
legislativo, procurando impor a presença da dinastia nova.
Quando morreu, o reino não
estava ainda em segurança absoluta, mas D. João IV tinha-lhe construído
umas bases suficientemente sólidas para vencer a crise. Sucedeu-lhe D. Afonso
VI, seu segundo filho.
Ficha
genealógica:
D. João IV nasceu em Vila Viçosa,
a 19 de Março de 1604 e morreu em Lisboa, a 6 de Dezembro de 1656, tendo sido
sepultado no Mosteiro de S. Vicente de Fora. Era filho de D. Teodósio II, 7 °
duque de Bragança, e de sua mulher, D. Ana de Velasco. Do seu casamento,
celebrado em 12 de Janeiro de 1633, com D. Luísa Francisca de Gusmão, que nasceu
em San Lucar de Barrameda, a 13 de Outubro de 1613, e morreu em Lisboa a 27 de
Outubro de 1666, filha do 8 ° duque de Medina-Sidónia, D. Juan Manuel Pérez
de Guzman, e da duquesa D. Joana de Sandoval, nasceram:
1. D. Teodósio, que nasceu em
Vila Viçosa a 8 de Fevereiro de 1634 e morreu em Lisboa, a 13 de Maio de 1653.
Foi 9 ° duque de Bragança e príncipe do Brasil, em 1645;
2. D. Ana, que nasceu em Vila Viçosa, a
21 de Janeiro de 1635 e morreu no mesmo dia; estando enterrada no Convento das Chagas
daquela vila;
3. D. Joana, que nasceu em Vila Viçosa a 18 de
Setembro de 1635 e morreu em
Lisboa, a 17 de Novembro de 1653; sepultada no Mosteiro
dos Jerónimos e mais tarde trasladada para o Mosteiro de
S. Vicente de Fora;
4. D. Catarina, que nasceu em Vila Viçosa, a 25
de Novembro de 1638 e morreu em
Lisboa, a 31 de Dezembro de 1705. Foi sepultada no Mosteiro dos Jerónimos e
mais tarde trasladada para o Mosteiro
de S. Vicente de Fora. Foi rainha de
Inglaterra pelo seu
casamento, em 1661, com o Carlos II, rei de Inglaterra, que morreu em 16 de
Fevereiro de 1685;
5. D. Manuel, que nasceu em Vila Viçosa, a 6 de
Setembro de 1640 e faleceu no mesmo dia, tendo sido sepultado no Convento de S. Francisco daquela
vila;
6. D. Afonso
VI, que herdou a coroa;
7. D. Pedro II, que sucedeu ao
precedente;
Teve D. João IV uma filha ilegítima,
de mãe desconhecida:
8. D. Maria, que nasceu em Lisboa, a 30 de Abril
de 1644, e morreu em Carnide,
a 7 de Fevereiro de 1693, no Convento de
S. João dos Carmelitas Descalços. Foi reconhecida
pelo progenitor, o qual
lhe fez mercê das vilas de Torres
Vedras e Colares e dos
lugares de Azinhaga e Cartaxo, tendo-se dado à vida
religiosa.
D. João IV quadro no Palácio de Vila Viçosa |
Filho de D. Teodósio,
duque de Bragança e de D. Ana Velasco, casou em 1633 com D. Luísa de Gusmão,
espanhola da casa de Medina Sidónia.
Já em 1638, os
conjurados da Revolução de 1640 tinham procurado obter a aceitação de D. João
para uma revolta contra Espanha. Mas as hesitações, ou cautelas, do duque fizeram
levantar a hipótese de se conseguir o regresso do infante D. Duarte, solução
que falhou, tendo-se mesmo encarado a instauração de uma república, nos
moldes da das Províncias Unidas.
A verdade é, que depois da
sua aclamação como rei a 15 de Dezembro de 1640, todas as hesitações
desapareceram e D. João IV fez frente às dificuldades com um vigor que muito
contribuiu para a efectiva restauração da independência de Portugal. Da
actividade global do seu reinado, deveremos destacar o esforço efectuado na
reorganização do aparelho militar - reparação das fortalezas das linhas
defensivas fronteiriças, fortalecimento das guarnições, defesa do Alentejo e
Beira e obtenção de material e reforços no estrangeiro; a intensa e
inteligente actividade diplomática junto das cortes da Europa, no sentido de
obter apoio militar e financeiro, negociar tratados de paz ou de tréguas e
conseguir o reconhecimento da Restauração; a acção desenvolvida para a
reconquista do império ultramarino, no Brasil e em Africa; a alta visão na
escolha dos colaboradores; enfim, o trabalho feito no campo administrativo e
legislativo, procurando impor a presença da dinastia nova.
Quando morreu, o reino não
estava ainda em segurança absoluta, mas D. João IV tinha-lhe construído
umas bases suficientemente sólidas para vencer a crise. Sucedeu-lhe D. Afonso
VI, seu segundo filho.
Ficha
genealógica:
D. João IV nasceu em Vila Viçosa,
a 19 de Março de 1604 e morreu em Lisboa, a 6 de Dezembro de 1656, tendo sido
sepultado no Mosteiro de S. Vicente de Fora. Era filho de D. Teodósio II, 7 °
duque de Bragança, e de sua mulher, D. Ana de Velasco. Do seu casamento,
celebrado em 12 de Janeiro de 1633, com D. Luísa Francisca de Gusmão, que nasceu
em San Lucar de Barrameda, a 13 de Outubro de 1613, e morreu em Lisboa a 27 de
Outubro de 1666, filha do 8 ° duque de Medina-Sidónia, D. Juan Manuel Pérez
de Guzman, e da duquesa D. Joana de Sandoval, nasceram:
1. D. Teodósio, que nasceu em
Vila Viçosa a 8 de Fevereiro de 1634 e morreu em Lisboa, a 13 de Maio de 1653.
Foi 9 ° duque de Bragança e príncipe do Brasil, em 1645;
2. D. Ana, que nasceu em Vila Viçosa, a
21 de Janeiro de 1635 e morreu no mesmo dia; estando enterrada no Convento das Chagas
daquela vila;
3. D. Joana, que nasceu em Vila Viçosa a 18 de
Setembro de 1635 e morreu em
Lisboa, a 17 de Novembro de 1653; sepultada no Mosteiro
dos Jerónimos e mais tarde trasladada para o Mosteiro de
S. Vicente de Fora;
4. D. Catarina, que nasceu em Vila Viçosa, a 25
de Novembro de 1638 e morreu em
Lisboa, a 31 de Dezembro de 1705. Foi sepultada no Mosteiro dos Jerónimos e
mais tarde trasladada para o Mosteiro
de S. Vicente de Fora. Foi rainha de
Inglaterra pelo seu
casamento, em 1661, com o Carlos II, rei de Inglaterra, que morreu em 16 de
Fevereiro de 1685;
5. D. Manuel, que nasceu em Vila Viçosa, a 6 de
Setembro de 1640 e faleceu no mesmo dia, tendo sido sepultado no Convento de S. Francisco daquela
vila;
6. D. Afonso
VI, que herdou a coroa;
7. D. Pedro II, que sucedeu ao
precedente;
Teve D. João IV uma filha ilegítima,
de mãe desconhecida:
8. D. Maria, que nasceu em Lisboa, a 30 de Abril
de 1644, e morreu em Carnide,
a 7 de Fevereiro de 1693, no Convento de
S. João dos Carmelitas Descalços. Foi reconhecida
pelo progenitor, o qual
lhe fez mercê das vilas de Torres
Vedras e Colares e dos
lugares de Azinhaga e Cartaxo, tendo-se dado à vida
religiosa.
terror- sénior
- Número de Mensagens : 61
Idade : 80
Reputação : 0
Pontos : 18032
Data de inscrição : 13/07/2008
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
|
|