D. Henrique
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D. Henrique
D. Henrique
Filho do rei D. Manuel e da segunda mulher deste, D. Maria,
foi o quarto na ordem varonil dos filhos daquele rei.
A sua educação foi orientada para a vida eclesiástica,
recebendo sólida cultura, que lhe foi ministrada por sábios como Pedro Nunes,
Nicolau Clenardo e Aires Barbosa. Um cronista do tempo define-o como de sua
condição encolhido, e vergonhoso (...) pouco mimoso e severo, continente e
temperado nas palavras».
A sua carreira eclesiástica iniciou-se aos 14 anos, ao ser
investido como prior comendatário de Santa Cruz de Coimbra. Seis anos depois
recebeu a administração do arcebispado de Braga. Em 1540 é feito arcebispo de
Évora. Nesta cidade cria uma pequena corte de letrados, músicos, cantores a
charameleiros, que faziam parte da sua casa episcopal. A protecção que
dispensou à cultura até 1562 permite considerá-lo como um príncipe de ideal
renascentista. Entretanto fora nomeado, em 1539, inquisidor‑geral do
reino, em 1545 cardeal e sete anos mais tarde legado apostólico em Portugal.
Em 1562 obteve a arquidiocese de Lisboa, mas doze
anos depois transferiu-se de novo para Évora. Foi graças aos seus esforços
que se criou, em 1559, uma Universidade naquela cidade alentejana, tendo o
cardeal ajudado ao desenvolvimento dessa instituição. Como prelado e
inquisidor foi defensor extreme de princípios religiosos que concebia de forma
altamente conservadora. A sua importância política começa a sobressair
durante a menoridade de D. Sebastião, tendo sido regente de 1562 a 1568,
opondo-se às pretensões de D. Catarina de Áustria, adepta da ingerência
espanhola na política portuguesa.
Nos primeiros anos após a maioridade de D. Sebastião,
D. Henrique é o seu principal orientador. Mas desentendem-se, e partir de 1572,
e o cardeal voltará a Évora onde, em Janeiro de 1578, recusa o seu
consentimento à expedição a Marrocos. Subindo ao trono após o desastre de
Alcácer-Quibir, começa por tentar resolver o problema da sucessão ao trono em
termos nacionais, convocando cortes para Almeirim a projectando o seu casamento
com a rainha-mãe de França. Mas a influência espanhola cada vez maior em
Portugal, as rivalidades entre os vários pretendentes ao trono, a ruína
financeira do País a outros factores fizeram da última fase do reinado de D.
Henrique um período de indecisão; eximindo-se a nomear um herdeiro da coroa,
preferiu deixar o problema em suspenso, escolhendo cinco governadores para o
substituírem após a sua morte.
Ficha
genealógica:
D.
Henrique, nasceu em Lisboa, a 31 de Janeiro de 1512 e morreu em Almeirim a 31 de
Janeiro de 1580. Foi sepultado na capela-mor da igreja do Paço de Almeirim, e
transferido em 1582 para o Panteão dos Jerónimos. Cardeal de Portugal,
arcebispo de Braga, Lisboa e Évora, morreu sem descendência.
D. Henrique |
Filho do rei D. Manuel e da segunda mulher deste, D. Maria,
foi o quarto na ordem varonil dos filhos daquele rei.
A sua educação foi orientada para a vida eclesiástica,
recebendo sólida cultura, que lhe foi ministrada por sábios como Pedro Nunes,
Nicolau Clenardo e Aires Barbosa. Um cronista do tempo define-o como de sua
condição encolhido, e vergonhoso (...) pouco mimoso e severo, continente e
temperado nas palavras».
A sua carreira eclesiástica iniciou-se aos 14 anos, ao ser
investido como prior comendatário de Santa Cruz de Coimbra. Seis anos depois
recebeu a administração do arcebispado de Braga. Em 1540 é feito arcebispo de
Évora. Nesta cidade cria uma pequena corte de letrados, músicos, cantores a
charameleiros, que faziam parte da sua casa episcopal. A protecção que
dispensou à cultura até 1562 permite considerá-lo como um príncipe de ideal
renascentista. Entretanto fora nomeado, em 1539, inquisidor‑geral do
reino, em 1545 cardeal e sete anos mais tarde legado apostólico em Portugal.
Em 1562 obteve a arquidiocese de Lisboa, mas doze
anos depois transferiu-se de novo para Évora. Foi graças aos seus esforços
que se criou, em 1559, uma Universidade naquela cidade alentejana, tendo o
cardeal ajudado ao desenvolvimento dessa instituição. Como prelado e
inquisidor foi defensor extreme de princípios religiosos que concebia de forma
altamente conservadora. A sua importância política começa a sobressair
durante a menoridade de D. Sebastião, tendo sido regente de 1562 a 1568,
opondo-se às pretensões de D. Catarina de Áustria, adepta da ingerência
espanhola na política portuguesa.
Nos primeiros anos após a maioridade de D. Sebastião,
D. Henrique é o seu principal orientador. Mas desentendem-se, e partir de 1572,
e o cardeal voltará a Évora onde, em Janeiro de 1578, recusa o seu
consentimento à expedição a Marrocos. Subindo ao trono após o desastre de
Alcácer-Quibir, começa por tentar resolver o problema da sucessão ao trono em
termos nacionais, convocando cortes para Almeirim a projectando o seu casamento
com a rainha-mãe de França. Mas a influência espanhola cada vez maior em
Portugal, as rivalidades entre os vários pretendentes ao trono, a ruína
financeira do País a outros factores fizeram da última fase do reinado de D.
Henrique um período de indecisão; eximindo-se a nomear um herdeiro da coroa,
preferiu deixar o problema em suspenso, escolhendo cinco governadores para o
substituírem após a sua morte.
Ficha
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D.
Henrique, nasceu em Lisboa, a 31 de Janeiro de 1512 e morreu em Almeirim a 31 de
Janeiro de 1580. Foi sepultado na capela-mor da igreja do Paço de Almeirim, e
transferido em 1582 para o Panteão dos Jerónimos. Cardeal de Portugal,
arcebispo de Braga, Lisboa e Évora, morreu sem descendência.
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